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"(...) Fiquei pensando quem iria ler aquilo tudo. Mas, por outro lado, quem escreve não fica pensando nisso; escreve porque quer escrever. Depois, quem quiser que o leia - espera o escritor, e esperamos nós (...)". * Livro: Maria Madalena, A Mulher que Amou Jesus

29 de dez. de 2010

A Existência tem Formato de Circulo

Começar sempre é difícil. Recomeçar talvez seja ainda mais! Como podemos minimizar os efeitos das nossas escolhas para este ano que se iniciará em poucos dias? Talvez não exista nada que possa suprir o que deixamos de fazer, nem curar as faltas que a “vida” nos impôs nos últimos tempos. Mas pensando bem, há esperança, mesmo que alguns poucos achem que ela seja apenas uma musa dos poetas da rotina e tão inebriante quanto qualquer droga.

Todo o ano é a mesma coisa, não é?! Fazemos as nossas preces, mesmo que baixinho, para nós mesmos, às vésperas da virada... pedimos perdão pelos enganos, pelas ignorâncias e maledicências que brotaram de nossos lábios. Agradecemos às conquistas, as metas e os sonhos que ficaram para trás são encaixados nos sentimentos de esperança. Eis que surge novamente ela aqui!

Quando chega próximo a 00h do dia 01 de Janeiro, principalmente dos últimos três anos, tento reforçar mentalmente que preciso falar menos. Já estou começando a achar que é “promessa de época eleitoral”... não consigo colocar em prática! Coisa ruim isso! Mas em 2011, tirarei do papel e colocarei em prática. Silêncio, às vezes, é uma arma fortíssima para o ataque e para a defesa também. O silêncio tem me parecido um bom remédio para muitos males da humanidade. Andamos falando demais, jogando palavras ao vento com muita facilidade e tornando-as banais. Não quero e não posso aceitar...
Na minha lista de “afazeres” para o Ano Novo, tem continuar a estudar – ainda mais -, me dedicar aos exercícios físicos como forma de cuidar da saúde e não somente para agradar a vaidade. Administrar melhor o meu tempo – anota-se: fator de extrema importância. Dormir cedo, acordar cedo! Priorizar festas que realmente possam ser lembradas no final das contas... ver a família com mais frequência e admitir que apesar de nos acharmos tão estranhos uns aos outros, somos na verdade a mesma coisa . Me libertar do perfeccionismo, Investir e acreditar de verdade nas minhas ideias malucas. Amar mais, buscar a felicidade de menos, ela me encontrou há muito tempo... sou muito feliz com o que tenho, o que chegar até a mim é mais do que lucro. Adiante, sempre... descobrindo o mundo, sim... conformado, nunca.

Sorrir mais, caminhar mais. Prestar atenção de verdade na paisagem e na conversa daqueles que por muitos momentos fazem me sentir cansado, maçante e raivoso. Socorro, paciência é uma virtude ou podemos conquistar? Aos amigos que me dão tanto sem saber, peço proteção e luz para colocar as vidas nos trilhos. Pois bem na verdade, somos todos “super-máquinas” em velocidade máxima e sem noção de direção. Corremos loucos e famintos por necessidade em sermos considerados especiais e indispensáveis.

Buscamos a todo tempo descobrir o que realmente somos. Durante 365 dias por ano, promovemos ações e reações que ditam a nossa identidade. A constança de dias calmos e felizes por completos são ilusões que alimentamos conscientes, podemos não admitir, mas é algo que fazemos. O que não chega a ser errado, porque se fosse, não teríamos tantos prazeres, cores, cheiros, sabores e fatos inesquecíveis em nossas simples e banais existências. O que pode ser a vida senão um circulo de começar e recomeçar sempre, na maioria das vezes cheio de boas intenções?

Feliz 2011!!!